Nuno Gaspar de Oliveira

Ecólogo e Empreendedor

Nuno Oliveira é ecólogo e empreendedor e está, desde sempre, contaminado com inquietação, espírito de luta e vontade de fazer a mudança acontecer.

Quando tinha 4-5 anos, influenciado pelos documentários do lendário David Attenborough, decidiu que ia ser biólogo. Após o curso de biologia na FCUL, a academia parecia promissora, mas descobriu que este não seria o lugar para alguém inconformado que estava mais motivado por fazer algo acontecer do que em estudar indefinidamente. Por três vezes seguiu a vertigem académica, tendo quase completado o doutoramento em ecologia (FCUL) e os programas doutorais de geografia e planeamento territorial (NOVA-FCSH) e gestão estratégica (IST).

O verdadeiro ‘doutoramento’ acabou por ser o projeto de transição ecológica do Esporão, que começou ainda como estagiário em 1998 e onde acabou por criar em 2016 o primeiro cargo conhecido de Gestor de Ecossistemas.

Pelo meio, em 2005, esteve na origem da primeira consultora focada na gestão de biodiversidade e ecossistemas, donde saiu em 2010 para criar a área de sustentabilidade numa Business School (ISG), onde se apaixonou definitivamente pelos temas da economia e gestão. Esteve envolvido em estudos pioneiros de avaliação de serviços dos ecossistemas, com entidades como a WWF ou a ‘Bandeira Azul’, e, em 2020, esteve na origem de um projeto inovador de consultoria em Economia Natural, a NBI – Natural Business Intelligence, onde é CEO. Além da NBI, ainda dá aulas de Economia Natural (ISEG-IDEFE) e participa em múltiplas conferências e debates sobre o tema. Passa todo o tempo que consegue com a família e apoia os dois filhos ativistas pelo clima, a Sofia e o André, no caso #Youth4ClimateJustice.

Desde o início dos tempos até ao fim da Idade Média, a humanidade vivia uma economia de soma-zero. Depois, inventámos as bases do mercantilismo e capitalismo e o ‘milagre’ da multiplicação do capital, criando leis do crescimento económico.

Contudo, as leis do capital económico colidem com as leis da física e da ecologia, e num mundo finito não pode haver crescimento infinito. Mas pode haver progresso, se criarmos uma economia que beneficia do restauro da Natureza e das suas funções, da água à biodiversidade e carbono, sendo estes salguns dos super ingredientes que vão mudar a receita de uma economia predatória para uma economia de base natural. A economia natural aponta os caminhos do progresso, onde a Natureza vale sempre mais que erro e a apropriação privada de bens e serviços públicos deve ser contabilizada e transformada em oportunidades para construir um sistema que prospera com a regeneração e o restauro da biodiversidade e dos ecossistemas que nos suportam.

Na sua talk, vão ser apresentados vários exemplos de opções e caminhos para sairmos da economia do costume rumo a uma economia da prosperidade, naturalmente.

Podes ver a talk completa aqui.